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Telecom

Telcomp repudia ações de Vivo, TIM e Claro contra obrigações de roaming

A Telcomp, que representa operadoras de telecom que não estão nos grandes grupos, repudiou nesta quarta, 14/9, a estratégia adotada pelas maiores empresas do setor, Vivo, TIM e Claro, contra a obrigação de ofertas de atacado para roaming, imposta como consequência do fatiamento da Oi Móvel. 

O presidente do conselho da Telcomp, Tomas Fuchs, que também comanda a Datora, destacou ao abrir o 2º Simpósio da entidade, em Brasília, que os remédios foram impostos como forma de garantir competição depois da exclusão da quarta maior operadora móvel do país. 

“Infelizmente os remédios ainda não foram aplicados. Remédios que vieram de uma operação complexa que diminuiu um competidor e consequentemente a competição. Esses remédios não são docinhos, já que não são para crianças são amargos pois destinados incentivar a competição”, disparou Fuchs. 

Ele ressaltou que a operação trouxe ganhos superior a R$ 20 bilhões para as compradoras – e vale lembrar que a Anatel aponta que as supostas perdas do trio por preços mais baixos no atacado são da ordem de R$ 50 milhões, uma fração dos lucros. 

“As ORPAs de Roaming e MVNO são importantíssimas para esta nova fase de competição do mercado móvel brasileiro. Destaco que temos que competir no serviço, no atendimento melhor ao cliente e não pelos remédios que já foram decididos e não deveriam ser negociados”, insistiu Tomas Fuchs. 


Durante o encontro, o presidente da Ligga Telecom, Wendell Oliveira, também lamentou que os recursos administrativos e judiciais de Vivo, TIM e Claro contra as ORPAs busquem discutir um remédio concorrencial. “Já sabíamos que discutir remédio depois [da operação] era um problema. Abrir judicialização em cima de uma determinação da Anatel não é razoável. Se foi esse o combinado, cumpra-se. Arrumar confusão depois não é bom”, disse Oliveira. 

O vice presidente da Anatel, Moisés Moreira, lembrou que a determinação de uma metodologia nova para as ofertas de atacado é consequência direta da maior concentração do mercado de telefonia celular no Brasil, por conta da saída de uma das operadoras. 

“Esses remédios são importantes porque houve uma concentração de mercado. Ninguém gostar de receber remédio. Agora, o que não pode é quererem prescrever o próprio remédio”, disse Moreira. 

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