TIM planeja refarming do espectro 3G para o 4G
Primeira operadora a fazer refarming do 1,8GHz, frequência usada para a oferta do 2G, o GSM, para o 3G, a TIM Brasil quer, agora, em função da demanda começar a destinar parte da frequência 2,1GHz, usada para o 3G, para a oferta do 4G, que está tendo uma forte demanda entre os usuários. A informação foi dada pelo CTO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre, realizada nesta quarta-feira, 09/05.
Não há prazo para dar início ao projeto, mas os estudos já acontecem dentro da área técnica. “Maior número de clientes 4G nos permitirá pensar no refarming do 3G”, salientou. Ainda assim, Capdeville não projeta o fim do 2G como também do próprio 3G. “Ainda há usuários nessas redes. A sobrevivência do 2g não está ligada à infraestrutura, mas, sim, aos celulares disponíveis no mercado”, pontuou. A rede 2G, atualmente, é usada por clientes em áreas mais remotas ou pela oferta do M2M, a conexão máquina a máquina.
O balanço financeiro da TIM Brasil revela que, em março, a tele contava com 85,3 mil km de backbone e backhaul de fibra, avanço de 12%. A fibra até a residência (FTTH) cobre 203 mil homes-passed. Já a fibra até o gabinete (FTTc) está chegando a 3,3 milhões de homes-passed. O balanço informa ainda que o 4G chegou a 3.110 cidades, ou 92% da população urbana no Brasil. O número representa aumento anual de 135%.
O LTE agora corresponde a 65% do tráfego na rede de dados, contra 39% no ano anterior. A companhia destaca ainda que tem a faixa de 700 MHz em 975 cidades, sendo 20 capitais, e que o serviço de voz em 4G (VoLTE) está em 1.445 cidades, sendo 22 capitais.