Inovação

Banco Central: Pix por aproximação no celular chega ainda este ano

O Banco Central festejou, durante o 4º Congresso Brasileiro de Internet, realizado pela Abranet em Brasília, números de ampliação de serviços e da competição entre os bancos a partir da implementação do Open Finance.  Como ressalta o diretor de regulação do BC, Otávio Damaso, o uso de dados melhora os serviços, como a possibilidade de pagamentos via PIX por aproximação, a exemplo das ‘wallets’ de cartões. 

“Na integração do Open Finance com o Pix, em breve vamos ter a facilidade de pagamento por aproximação com o celular. Com o Open Finance via ITP [iniciador de transação de pagamento], em breve isso vai ser possível. E assim como coloca o cartão de crédito dentro de uma wallet, a wallet vai ser um ITP e vai colocar o Pix na wallet. E aí, conforme for no supermercado, na feira, vai poder aproximar o celular e fazer o pagamento com Pix”, destaca Damaso. 

“Esse é um tipo de integração do Open Finance com o Pix, onde a funcionalidade da iniciação de pagamento casa com o Pix e traz comodidade para o cliente. Outro, se der consentimento, permite que dados sejam acessados em outra instituição financeira e quero pagar um boleto usando dinheiro que está em outra instituição. De um app da instituição A consigo acessar a conta na instituição B e pagar o boleto com o dinheiro da conta B. E quando a gente avançar na agenda do pagamento sem redirecionamento, vai ser uma facilidade imensa”, diz o diretor do BC. 

Ele lembra que a grande complexidade do Open Finance é garantir que todas as instituições financeiras falem a mesma língua. “Não é uma tarefa fácil, porque é um desafio de você padronizar diferentes bancos de dados. Bancos de dados que estão no banco A, no banco B, no banco C, na IP A, B, C e D. E fazer com que todos eles tenham a mesma linguagem. Hoje temos, por semana, 1,5 bilhão de chamadas de API Open Finance. E 29 milhões de CPFs que já deram o consentimento do Open Finance, 240 mil PJs que já deram o consentimento. Essa informação está fluindo de uma instituição para outra, beneficiando o consumidor. Seja ele uma pessoa, seja uma empresa.”

Segundo Damaso, já tem banco com R$ 1 bilhão em crédito via portabilidade, ou que com os dados ampliou em R$ 700 milhões a capacidade de crédito dos clientes. Até no cheque especial há concorrência por juros menores com empréstimos automáticos de um banco para cobrir o saldo em outro. 


“Essa operação, em 12 meses, já rendeu R$ 8 milhões em economia de juros para os clientes. E 1,4 milhão de clientes foram alertados de que têm dinheiro parado que pode receber alguma remuneração. Outras instituições falam que mais de 80% de suas ofertas de crédito são baseadas em dados do Open Finance.” Assistam.

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