Inteligência Artificial faz tarefas. Ela não rouba cargos e profissões


Para que seja feito um bom uso da inteligência artificial, é preciso haver pessoas preparadas. E, com a ajuda da tecnologia, essas pessoas serão ainda mais rápidas e eficientes, sustentou o reitor e diretor acadêmico e de inteligência artificial da escola de negócios Saint Paul, Adriano Mussi, ao participar de evento sobre o tema em São Paulo, e divulgado em reportagem do Valor Econômico.
“Engenharia de prompt não é uma profissão, é uma competência. E algumas das competências necessárias para fazer um prompt são linguagem avançada e sólida, repertório e lógica”, decretou. Segundo Mussa, a IA vai impactar todos os segmentos da sociedade e da economia, no entanto, é um erro pensar que ela substituirá cargos e profissões. “A IA faz tarefas. O problema é que nós confundimos o cargo com a tarefa”, destacou.
Na sua apresentação, Mussa enfatizou que o mais importante é testar o uso da IA, em especial neste momento em que as expectativas estão altas. “Acho que não faz sentido focar apenas nos riscos, pois existe um mar de oportunidades. As organizações precisam experimentar, ver se funciona e decidir onde querem ir ou não”, disse.
Uma pesquisa da Michael Page apontou que 37% dos profissionais brasileiros já estão usando a inteligência artificial no trabalho. Ainda assim, a maioria das pessoas ainda está perdida em relação à aplicação da tecnologia. “Seja por falta de tempo dos líderes, seja pelo receio de se posicionar em algo tão novo, está faltando comunicar o posicionamento da empresa”, afirmou. “A maior parte das pessoas quer fazer um curso ou ter um treinamento para buscar mais informação sobre IA, só que as companhias não estão conseguindo entregar”, completou.