Como na Meta, Idec acusa X de treinar IA com dados de usuários sem consentimento

A exemplo do que foi identificado na Meta, o Idec aponta que o X, ex-twitter, também utiliza dados de consumidores para fins de treinamento de inteligência artificial generativa.
Segundo o Idec, o X estaria usando dados de seus usuários para treinar sua IA. Essa mudança teria ocorrido sem consentimento prévio dos consumidores, além de nem terem informado a seus usuários e não permitirem a recusa utilizando o aplicativo, apenas na versão para desktop.
Após notificação do Idec, a ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados já se posicionou contra a Meta, emitindo sua primeira medida preventiva (de natureza cautelar) contra a empresa por preocupações da validade desse tipo de tratamento de dados.
Igualmente, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) questionaram a empresa, inclusive com preocupações quanto à decisão da Meta de não trazer a inovação para o país de maneira respeitosa aos direitos dos consumidores.
“Essas preocupações também são compartilhadas pelo Idec, que considera uma punição coletiva que, ao invés de respeitarem a legislação, meramente decidam tirar a tecnologia do país. O Idec também compartilha dessa preocupação das grandes empresas de tecnologia abusarem da dependência que temos delas para abusarem de direitos”, diz a entidade, em nota.
Para o Idec, “concretamente, vemos um design malicioso: há uma pré-seleção da opção de que os consumidores aceitariam o uso de seus dados para fins de tratamento de IA. Esse consentimento não deveria ser pressuposto e, sim, explícito – além de ter de ser livre e informado”.