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Imposto Digital: países fecham cerco às gigantes de Tecnologia

O cerco está fechando e a cobrança de imposto das gigantes de Tecnologia como Google, Amazon, Facebook e Netflix parece ser cada vez mais realidade. Durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suiça, o  ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, revelou ter firmado um acordo com os Estados Unidos sobre as bases para negociações futuras de um imposto digital global, no nível da OCDE.

“Tivemos longas conversas com o secretário do Tesouro dos EUA e o secretário-geral da OCDE, e estou feliz em anunciar que encontramos um acordo entre a França e os Estados Unidos, fornecendo a base para o trabalho na tributação digital na OCDE”, disse Le Maire no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça.

Quem também quer cobrar imposto digital é o Reino Unido, afirmou a ministra dos Negócios britânica, Andrea Andreassom. “Os Estados Unidos e o Reino Unido estão comprometidos em entrar em um acordo comercial e temos um relacionamento muito forte que remonta a séculos. Portanto, algumas das divergências que possamos ter sobre questões específicas não prejudicam de maneira alguma o excelente, forte e profundo relacionamento entre os EUA e o Reino Unido”, disse Leadsom à Talk Radio.

“Sempre há negociações e conversas difíceis, mas acho que, no que diz respeito ao imposto sobre tecnologia, é absolutamente vital que essas grandes multinacionais que estão gerando quantias incríveis de receita e lucro sejam tributadas, e o que queremos fazer é trabalhar internacionalmente com o resto do mundo para cobrir isso com um regime adequado que garanta que elas estejam pagando sua parte justa.”

Segundo o plano britânico, as empresas de tecnologia que gerarem pelo menos 500 milhões de libras (657 milhões de dólaraes) por ano em receita global pagarão uma taxa de 2% do dinheiro que ganham dos usuários do Reino Unido a partir de abril de 2020. No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou a cobrança do imposto digital à mesa, mas houve uma reação negativa. O tema, no entanto, segue em debate no governo Bolsonaro.


*Com Agência Reuters

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