5G vai gerar R$ 250 bilhões em verticais industriais
Um estudo realizado pela ABI Research sugere que há ganhos significativos para as operadoras móveis, da ordem de US$ 66 bilhões, ou algo como R$ 250 bilhões, se elas entenderem como ajustar seus modelos de negócio a ofertas focadas em verticais da indústria com o advento do 5G. Em especial, de olho em verticais de manufatura, logística e transportes.
Segundo o estudo, o fatiamento de redes 5G tem a capacidade intrínseca de garantir flexibilidade e ajustes finos a diferentes usos industriais. “Segmentos industriais como manufatura, logística e automotivo estão perseguindo a digitalização e a automação com investimentos substantivos. O fatiamento de redes 5G é um trampolim para o aumento da produtividade e permite conectividade de alta performance para sustentação de interconexão dinâmica, segura e confiável de sistemas e maquinário”, diz a ABI Research.
A projeção é que os mencionados US$$ 66 bilhões poderão ser criados até 2026, mas a entidade também reconhece que esse ganho com o fatiamento do 5G representa meros 6% do total das receitas móveis previstas para aquele ano. Fazer dessas oportunidades algo ainda maior exige que os provedores móveis saiam de sua zona de conforto. “Eles precisam reforçar radicalmente suas mensagens de marketing às verticais empresariais e modificar terminologia e linguagem para os clientes B2B, investir em provas de conceito em áreas inexploradas e se engajarem em novas parcerias, bem como criar soluções customizadas.”
Ainda de acordo com o estudo, o fatiamento das redes 5G para manufatura, sozinho, deve gerar US$ 32 bilhões, com crescimento anual de 96% até 2026. Um segundo campo de oportunidades é na logística, com projeções de crescimento de mercado de US$ 65 milhões em 2019 para US$ 20 bilhões em 2026.
