EB Capital está ‘supercomprador’ no ativo de redes
O EB Capital começou a olhar o setor de telecom há três anos e já fez um movimento grande no mercado, quando investiu na Sumicity, no fim de 2018. Hoje, conta com dois braços de atividades: venture capital para empresas menores e private equity para as médias. “Em 2014, os ISPs eram 6% ou 7% do mercado de banda larga e hoje já passaram as grandes. Foi assim que a tese passou lá dentro”, disse Felipe Matsunaga, sócio na EB Capital, durante painel no XII Seminário Telcomp, realizado no dia , 12/11, em São Paulo.
O fundo investiu, há um ano, na Sumicity. Matsunaga contou que o que chamou a atenção foi o fato de o provedor ter construído backbone e backhaul e navegado em um oceano azul. “Grande parte do sucesso veio de colocar fibra ótica e competir com infraestrutura legada. Nosso dever de casa foi ajudar a povoar e sabemos que daqui para frente será mais complicado”, reconhece.
Antes de investir na Sumicity, o fundou avaliou cerca de 30 provedores. “Nos identificamos com a Sumicity porque eles tinham um backbone enorme e superestruturado, não dependia de ninguém para este backbone, não comprando — ou comprando pouco — tráfego, tinham uma rede de FTTH muito extensa e vasta e estavam crescendo quase 50% ao ano. era uma joia que achamos no meio do Rio de Janeiro a ser lapidada”, contou, em entrevista à CDTV.
Matsunaga ressaltou que o fundo segue “supercomprador” e alertou que as empresas que almejam a entrada de investidores precisam se preparar. O primeiro desafio, disse, é a formalização e o segundo é valoração, porque a percepção do empreendedor do que ele acha que vale a companhia é, normalmente, diferente do que realmente vale. “Eles têm de se formalizar e seguir crescendo”, afirmou.