Satélite da Telebras chega ao limite. Estatal quer alugar ou comprar novas unidades
A Telebras abriu nesta terça, 7/5, uma consulta pública para avaliar a contratação de capaciade adicional, aluguel ou mesmo a compra de um ou mais satélites. A empresa busca responder ao limite de capacidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que já tem sete anos de operação, especialmente para a cobertura das regiões Norte e Nordeste.
“A Telebras, ao enfrentar o desafio da saturação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) nas regiões Norte e Nordeste, evidencia a necessidade crítica de expandir sua cobertura satelital”, diz a consulta da estatal.
Segundo a empresa, a expansão da cobertura satelital não é apenas uma resposta a uma necessidade imediata, mas um investimento estratégico no futuro da conectividade.
Nesse rumo, avalia diferentes alternativas. Uma delas envolve a contratação com um fornecedor para prover integralmente o serviço de acesso à internet via satélite. Isso incluiria o fornecimento de equipamentos, como as unidades remotas VSATs e todos os acessórios necessários.
Outro caminho explorado é pela contratação de segmento espacial, pelo qual a Telebras alugaria capacidade espacial de um fornecedor. Nesse caso, a Telebras seria responsável pela aquisição e instalação da infraestrutura terrestre de comunicação via satélite, incluindo gateways/hubs e estações remotas.
Uma terceira alternativa propõe a “aquisição de um ou mais satélites” pela Telebras, com a operação sendo realizada diretamente pela Telebras ou em cooperação com o fornecedor do satélite.
A Telebras adianta que tem interesse na utilização da posição orbital 57W, considerada como um “componente crítico, potencializando o alcance e a capacidade de fornecimento de banda larga em regiões carentes de serviços de telecomunicações”. Avançar nesse caminho implica em tratativas com a UIT e a Anatel por essa posição.
Finalmente, a estatal aponta que as soluções de expansão da capacidade satelital conforme pretendidas implicam em “uma série de adequações técnicas no seu ambiente”, tanto em infraestrutura como nos campos comercial e administrativo.
Essas adequações envolvem um regime de colocation e uso de serviços sob demanda, no qual os clientes governamentais poderão contratar a solução conforme suas necessidades específicas. Segundo a Telebras, “esse modelo de negócio permitirá que os clientes governamentais se beneficiem das soluções de Edge Computing, nos moldes e arquiteturas propostos, de forma flexível e escalável, ajustando-se às suas demandas e orçamentos”.