Telecom

Teles: Oi quebra se houver a separação das operações fixa e móvel

Ao fazer a primeira manifestação da Assembleia de Credores da Oi, que acontece no Riocentro, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 19 de dezembro, o presidente da Oi, Eurico Teles, deixou claro que a operadora é uma empresa consolidada, com um único caixa e que a sua divisão será extremamente complexa e poderá causar o fim da operação.

“A Oi é uma empresa que não pode ser separada. Não conheço nada com uma convergência tão forte como a da Oi”, sustentou Teles. O segundo a falar, o diretor Financeiro da Oi, saiu também em defesa da unidade das operações. A separação para a venda dos ativos foi proposta de bondholders.

“A Oi tem a convergência como marca. Não há como separar. Todo o relacionamento da empresa está marcada pelo atendimento consolidado. Uma eventual separação da empresa impediria a oferta convergente e abalaria a condição da empresa de se manter no contrato”, afirmou. caso as empresas venham a ser separadas, o valor de mercado da Oi será infinitamente menor, reafirmou.

Ainda segundo Brandão, numa fala bem dura, caso as empresas móvel e fixa vierem a ser separadas, haverá um risco concreto de a Oi não cosneguir pagar seus credores. A Assembleia de Credores da Oi está sendo realizada e não será interrompida para almoço. A presença é considerada maciça dos credores com maior valor na recuperação judicial.

Os trabalhadores também se posicionam contra a divisão da empresa. O presidente do Sindicato dos trabalhadores da Oi, Brígido Ramos, lembra que os salários dos trabalhadores estão em dia e os acordos coletivos estão sendo cumpridos. “A empresa tem de ser única. Consolidada e que possa vir a crescer. Quem quer a separação é quem quer dinheiro fácil”, postulou.


O administrador judicial, Alexandre Wald Filho, ao abrir a assembleia, que acontece no Riocentro, no Rio de Janeiro, sustentou que ‘a recuperação judicial da Oi foi um trabalho árduo, longo, mas muito transparente apesar se ser a maior do Brasil”. Os créditos listados na recuperação judicial da Oi totalizavam R$ 64 bilhões, que incluem R$ 49,4 bilhões de dívida financeira e o restante engloba passivos trabalhista, de fornecedores, regulatórios e cíveis.

Botão Voltar ao topo