Teles escolhem Leandro Guerra, ex-TIM, para comandar braço operacional do 5G
Criada para funcionar como braço operacional das obrigações associadas ao leilão do 5G, a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz, ou simplesmente EAF, já tem presidente. Será o (agora ex) diretor de assuntos institucionais da TIM, Leandro Guerra.
O nome do executivo foi confirmado nesta quarta, 23/2, durante a terceira reunião do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz – ou GAISPI – que é formado por Anatel, Ministério das Comunicações, operadoras que venceram o leilão 5G, emissoras de TV e empresas de satélite.
O GAISPI pode ser entendido como um conselho de administração da EAF, ou seja, onde são definidos os caminhos para que sejam cumpridas obrigações previstas no edital do 5G, enquanto a Entidade Administradora é quem vai usar R$ 6,3 bilhões em recursos oriundos do leilão para executar as tarefas.
São quatro missões complexas e com prazo apertado: a ‘limpeza’ da Banda C estendida (3625 MHz a 3700 MHz), com a migração de serviços de satélite nessa faixa para a Banda Ku e a mitigação de interferências; a distribuição de kits para mudar a recepção dos sinais de antenas parabólicas em domicílios onde vivem inscritos no Cadastro Único dos Programas Sociais – para evitar interferência do 5G nas parabólicas; além da implantação das redes de fibras na Amazônia e da rede privativa de comunicações do governo federal.
Ao participar da reunião do GAISPI nesta terça, 22, Guerra alinhou as prioridades e foi recebido com satisfação pelos diferentes atores que compõem o grupo – especialmente a radiodifusão e as empresas de satélite, contraparte das teles nesse colegiado. Ele agora precisa indicar outros integrantes da EAF, para as diferentes tarefas de migração, desocupação, distribuição, Norte Conectado e rede privativa, financeira e comunicação.
