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Itaú Unibanco: plataforma própria para IA e nuvem descomplicada para 15,5 mil desenvolvedores

O CTO do banco, Fábio Napoli, afirmou que tem 150 casos de uso mapeados para o uso de Inteligência Artificial, mas há ainda o entrave da segurança.

Depois de modernizar aplicações e carga de trabalho e migrá-las para nuvem, o Itaú Unibanco passou a desenvolver produtos próprios em casa e a partir de duas plataformas, que, conforme explicou Fábio Napoli, CTO do Itaú Unibanco, em entrevista à CDTV, durante o AWS Summit 2023, que acontece nesta terça-feira, 03/08, em São Paulo, aportam mais segurança a todo o processo.

São duas plataformas de aceleração: a StackSpot, solução que agiliza a criação, distribuição e a adoção de stacks de tecnologia, além de apoiar tarefas de gerenciamento de nuvem; e a plataforma de inteligência artificial usada para acelerar cases e fazer o máximo proveito dos dados, levando inovação e novas formas de oferecer experiências personalizadas para os clientes.

O Itaú opera seguindo um modelo que democratizou a utilização da nuvem ao permitir que 15,5 mil desenvolvedores conseguissem usá-la por meio das plataformas de aceleração que rodam em nuvem pública. O objetivo é acelerar cada vez mais o desenvolvimento de aplicações modernas, habilitando os desenvolvedores a também usar inteligência artificial generativa para isso. Essas plataformas tiram a complexidade do desenvolvimento. “É para simplificar a vida do desenvolvedor, para que ele pense nos problemas de negócio que vai resolver e como a IA pode ajudá-lo no desenvolvimento”, detalhou Napoli.

O Itaú tem 150 casos de uso mapeados no banco, mas a efetiva implementação ainda esbarra em requisitos de segurança. A plataforma de IA deve viabilizar estes casos, uma vez que o desenvolvedor poderá ter acesso ao que existe no mercado e poderá desenvolver internamente o que não tiver  pronto.

Jornada para nuvem


A migração do Itaú Unibanco para a computação em nuvem começou em 2017 no modelo privado. Foi o início da modernização dos sistemas core. Quando o Banco Central, em 2018, autorizou a utilização da nuvem pública, o Itaú passou a utilizar a cloud pública e deu início aos testes com AWS. entre 2020 e 2022, o banco passou pela modernização e migração para nuvem em escala e com implantação do COM, com foco em velocidade e mantendo os padrões de qualidade e segurança.

Agora, em 2023, foram implantadas plataformas de aceleração, com a organização das stacks de engenharia, tanto de desenvolvimento como de infraestrutura, e diminuição da carga cognitiva dos times. Como resultados desta jornada, o Itaú Unibanco alcançou a marca de 4,6 mil certificações em AWS — segundo Fábio Napoli, o maior programa da América Latina. Houve ainda redução de 98% dos incidentes que impactam o cliente e aumento de 1.140% no volume de implantações.

Metade da plataforma do Itaú Unibanco já foi modernizada, o que representa aproximadamente 70% dos serviços. “Pautamos a nossa transformação em investimentos em dados para entender melhor o cliente. Outro ponto foi o foco em agilidade e para isso tivemos duas grandes frentes: uma é o nosso modelo organizacional e a segunda foi a parte de tecnologia, que precisava modernizar plataformas e não simplesmente migrar para cloud”, disse Napoli.

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