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Telecom

Vivo: Brasil vive paradoxo dos falsos nativos digitais

Para Gebara, da Vivo, “uso intenso de redes sociais é ideia falsa, grande parte não tem competências digitais”

O uso intenso de redes sociais transmite uma falsa percepção de que o Brasil usufrui da transformação digital. Mas como destacou o presidente da Vivo, Christian Gebara, ao abrir o Painel Telebrasil 2024, o país é manco no tripé da digitalização.

“Estamos distantes de desfrutar integralmente dos benefícios da inclusão digital. O avanço da digitalização depende de três fatores: cobertura, acesso aos dispositivos e o letramento digital. Mas vivemos um paradoxo digital. O uso intenso de redes sociais no país nos passa uma falsa ideia de cidadãos nativos digitais. A realidade, no entanto, é que grande parte dos brasileiros ainda não tem essas competências”, afirmou Gebara.

O executivo, que temporariamente também preside a Telebrasil, associação que reúne as maiores teles do setor, avaliou o problema pelo diagnóstico já tradicional em telecom: alardeado como atividade essencial, o segmento não vê esse destaque refletido nas políticas públicas e, especialmente na carga tributária.

“Para avançarmos mais, precisamos tratar o setor como um serviço essencial e, efetivamente, essa é uma realidade. Temos desafios com a alta tributação e o uso excessivo das redes por plataformas de conteúdo digital. Entre os 15 países com maior número de celulares, o Brasil tem a terceira maior carga tributária”, reclamou o presidente da Vivo.

O setor não conseguiu ser enquadrado entre os segmentos com IVA reduzido, mas ainda mantém a bandeira de entrar no regime de cashback – ou seja, a devolução do imposto pago para contribuintes de baixa renda.   “Buscamos sensibilizar o Executivo e o Legislativo que, por sua essencialidade, telecomunicações precisa ter o mesmo tratamento de energia elétrica, gás de cozinha, água e saneamento nos mecanismos de cashback, de 100% do CBS e 20% do IBS, às famílias de baixa renda nas contas. Assim contribuiremos para ampliar o acesso à digitalização”, afirmou.


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