Vickstar/Vivo não cumpre acordo e 2400 trabalhadores entram em greve em Teresina
A terceirizada de call center Vickstar, que operava o call center da Vivo em Teresina, no Piauí, descumpriu o acordo feito no Tribunal Regional do Trabalho com os 2400 trabalhadores da empresa. No dia 30 de abril, a empresa deixou de pagar osvales transporte e de refeição. A Vivo também assinou o acordo com o TRT. Os 2400 trabalhadores decidiram retornar a greve a partir desta segunda-feira, 03 de maio.
“É uma demonstração de falta de compromisso e um desrespeito aos trabalhadores” afirma João de Moura Neto, presidente do Sinttel-PI, sindicato da categoria. Segundo o sindicalista, foi firmado um acordo pelas empresas com o Desembargador Manoel Edilson que todos os compromissos de pagamento seriam cumpridos normalmente até a completa desmobilização das atividades em 18 de junho.
Moura Neto lamenta que depois de oito anos em Teresina, a Vikstar tenha um encerramento de atividades tão desrespeitoso com seus empregados. “São trabalhadores que dependem do emprego para sobreviver com dignidade, o contrato acabou e serão todos demitidos, até lá, deveriam ser respeitados por tudo que contribuíram para o êxito do contrato. A paralisação das atividades foi a única saída para garantir o acerto de contas”, completou. A Vickstar tem problemas com cerca de 8 mil trabalhadores no Piauí, Paraná e São Paulo.
Procurada pelo Convergência Digital, a Vivo, por nota oficial, assegura que antecipou todos os pagamentos pendentes à Vickstar relacionados ao fim do contrato para assegurar o cumprimento dos direitos trabalhistas. A Telefonica/Vivo reitera mais uma vez que o contrato com a Vickstar foi encerrado por questões relacionadas à deterioração financeira da Vickstar. E informa que para evitar qualquer impacto aos clientes, o atendimento será feito a partir de outras posições de call center próprio ou de terceiros. Também procurada pelo Convergência Digital, a Vickstar disse que não vai se pronunciar.