Inovação

ONU defende regulamentação global para IA não ficar fora do controle

Apenas sete dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) participam de iniciativas de governança de Inteligência Artificial, revela um relatório fei to por um órgão de alto nível da entidade. O levantamento alertou para a urgência na criação de uma governança global para a inteligência artificial (IA).

O documento frisa que o uso da IA oferece grande potencial para impulsionar a ciência, a economia, e áreas como saúde e agricultura, mas sem governança adequada, seus benefícios podem ficar restritos a poucos países e empresas. O relatório, com 100 páginas, alerta para os riscos de uma IA não regulamentada. Entre os perigos apontados estão a criação de armas autônomas e o impacto negativo no mercado de trabalho.

Para prevenir esses cenários, o grupo enfatiza que novas instituições devem ser fundamentadas em princípios de direitos humanos e direito internacional. Além disso, sugere que governos e partes interessadas trabalhem juntos para garantir que a IA seja uma ferramenta de progresso inclusivo.

Entre as recomendações, está a criação de um painel científico internacional para aprofundar o conhecimento global sobre as capacidades e riscos da IA. Também foi sugerido um diálogo global, mediado pela ONU, para consolidar futuras instituições nos princípios de direitos humanos. Outra proposta é a criação de um fundo global de IA, visando garantir que a tecnologia beneficie tanto nações ricas quanto pobres e que ajude a cumprir os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU até 2030.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou apoio total às suas recomendações. Guterres destacou que a criação de uma governança internacional para a IA é essencial para evitar que a tecnologia se torne uma ameaça fora de controle. Embora o órgão não recomende, por enquanto, a criação de uma nova agência para IA, essa possibilidade não está descartada no futuro, à medida que o impacto da tecnologia continue crescendo.


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