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Algar Telecom diz que vai ‘jogar’ o jogo da Internet das Coisas para vencer

Como operadora de telecomunicações, a Algar Telecom decidiu ‘jogar’ o jogo da Internet das Coisas para vencer e uma das suas ações foi a de delimitar o raio de atuação. “Reinventar a roda não é o caso. Não vamos fazer hardware. Sensores não são o nosso negócio”, pontua o presidente da Algar Telecom, Jean Borges. 

A operadora recém-estruturou um Centro de Inovação e Desenvolvimento de Soluções Digitais, sob o comando do diretor de Inovação, Osvaldo Carrijo. A proposta é que essa unidade tenha como base quatro pilares – Inteligência Artificial, Big Data, Analytics e cibersegurança.

“Entendemos que a conectividade é a base da Internet das Coisas e temos o nosso papel nessa estrutura, mas queremos e podemos mais. A camada de aplicações será um vetor de oportunidades e estamos construíndo um trabalho para ser forte nelas, que serão centenas, milhares em diferentes segmentos. Acreditamos que 90% das aplicações vão rodar em IoT nos próximos anos”, reforça Jean Borges.

A ambição de tornar a operadora mineira numa operadora nacional está centrado no mercado corporativo – e a operadora já contabiliza 33 mil quilômetros de rede de fibra óptica – mas o presidente da Algar Telecom clama pela aprovação do PL 79/2016, que revisa as regras do setor de Telecomunicações. “A destinação de gastos para uma máquina que está falida como é o caso, por exemplo, dos orelhões, é irreal. Perde a sociedade, perde todo mundo, já que faltam recursos para investir em negócios mais relevantes”, pondera o executivo. A Algar Telecom possui concessão em 87 municípios de Minas Gerais e Goiás, sendo que apenas 11 deles têm mais de 50 mil habitantes.

Borges é cético com relação à prazos para o PL 79 no Senado, mas reafirma que gostaria de ver o projeto aprovado ainda em 2017, como uma prova que Telecomunicações é considerado vetor de desenvolvimento no Brasil. “Estamos num momento em que haja capacidade de resiliência, de inovação. Nós temos uma situação peculiar: um EBTIDA de 36% e uma ótima fidelização dos clientes. Nossa taxa de churn (troca de operadora) é a menor do Brasil. Mas não é simples ter de gastar dinheiro em obrigações, que hoje são ultrapassadas e caras”, salienta.


Na área de concessão, além de investir na troca do par metálico pela fibra óptica para melhorar a qualidade da banda larga fixa, a Algar Telecom. no mercado móvel, também incentiva a aquisição de smartphones. A operadora, assim como outras do mercado, retomou a política de subsídios aos clientes. “Precisamos que os consumidores migrem para o 4G. O smartphone é o dispositivo para isso. Teremos um melhor uso do nosso espectro. Facilitar a compra do smartphone é uma política de negócios. Dados são a nossa receita e carro-chefe”, completa Borges.

*A jornalista viajou a Uberlândia a convite da Algar Telecom

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